terça-feira, 29 de junho de 2010

F.P.N.

Eu li uma matéria da Martha Medeiros na Revista O Globo já faz alguns meses. A matéria falava sobre ser feliz por nada, e eu já falei sobre isso aqui num outro post. A Martha (quase minha comadre... adoro as matérias dela) diz que "... as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada". Eu particularmente não gosto de metas, ficar vivendo para cumprir metas, ou viver inventando metas pra dar algum sentido a vida... Mas admito que em alguns momentos precisamos de uma boa cenoura na frente dos olhos para nos fazer querer continuar caminhando, chamamos isso de terapia do cavalo, mas nem só de cenouras vive um cavalo...

Dizem que ficar feliz por um novo relacionamento, ou uma promoção no trabalho, ou por estar com as dívidas pagas, ter uma cama quentinha pra dormir a noite, ter uma viagem programada pra daqui umas semanas, ou simplesmente por não ter magoado ninguém hoje, ou porque você recebeu elogios... tudo isso é ser feliz por muito! E pensando bem... é muito mesmo...

Eu viajo daqui a duas semanas, na verdade, menos de duas semanas. Estou empolgada, super feliz, mas ao mesmo tempo consciente de que é uma felicidade passageira, algo de que vou me lembrar sempre e que vai mudar minha perspectiva da vida, mas que não vai me garantir um estoque ilimitado de felicidade para o resto do ano, ou para o resto da vida. Consciência e perspectiva, ter isso é ser feliz. Ter clareza de pensamentos para relativizar as coisas ruins, e as boas também. E além disso, ser feliz é não pensar demais em si mesmo, como diz a própria Martha: "Benditos os que conseguem se deixar em paz... que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem."

Eu ainda não atingi um grau elevado de clareza e consciência, mas sinto que ele se eleva a cada dia. Da última vez que li a matéria comecei a refletir sobre a minha vida e sobre aquilo que me fazia feliz. Aos poucos, com uma ajudinha dos amigos, a reflexão foi intensificada. Aos poucos, bem aos poucos, eu fui compreendendo algumas coisas, e também resolvi parar de tentar compreender outras. Hoje a perspectiva já é diferente daquela que tive a alguns meses atrás. Me sinto feliz por poder mudar algumas perspectivas! Algumas mudam, outras não... Ainda bem que opinião não é algo imutável.

Chega de autoconhecimento! Imperfeita, é isso que eu sou, e com muito orgulho! E daqui pra frente vamos falar de Paris, Londres e Madri. A partir do mês de Julho irei falar somente da minha viagem, dos preparativos, das burocracias, dos lugares que visitarei, das histórias, das alegrias e também das tristezas encontradas pelo caminho. Vou fazer esse feliz parênteses da minha existência. E desejo a todos que sejam felizes por nada!!!

Couple and bouquet above the city - Marc Chagall

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pensando bem... que mal tem?

Quando você pensa em hipocrisia o que lhe vem a mente? "Odeio gente hipócrita!" ou "Hipocrisia é o pior defeito do ser humano." ? Você nunca fingiu gostar de algo só para não magoar os sentimentos de alguém? Você nunca deu conselhos que você mesmo não seria capaz de seguir? Você nunca colocou um sorriso no seu rosto mesmo estando triste? Você sempre fala o que pensa? Você nunca mente? Eu poderia continuar por horas, e sabe o porquê? Porque somos hipócritas natos. Seria impossível sobreviver no mundo de hoje sem a hipocrisia. É claro que existe um linha tênue entre a hipocrisia "boa" e a "ruim" (coloco aspas porque tudo é relativo). Por isso, eu acho que quem diz qualquer uma das duas frases acima é um hipócrita. Eu não acho que toda hipocrisia seja nociva, mas sei que ela pode o ser na maioria das vezes. Hoje eu a vejo de uma forma mais branda, eu não sei o porquê. Começo a não detestá-la tanto, afinal, se usar uma máscara bonita é ser hipócrita, eu sou hipócrita. E deixando a dita cuja de lado, eu não sou uma pessoa ruim. Logo, hipocrisia pode ser algo bom.

Como disse François La Rochefoucauld: L'hypocrisie est un hommage que le vice rend à la vertu. (A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude.) O que é ser um hipócrita senão fingir ser alguém cheio de virtudes. Fingir, mentir,... O lado bom ou ruim do fingimento depende do caráter da pessoa. Como eu disse, tudo é relativo. Todos fazemos parte da mesma hipocrisia, cada um vive no seu mundo hipócrita e particular, todos temos relacionamentos hipócritas em nome da boa convivência,... viva a hipocrisia! Mas cuidado, use-a com parcimônia. Como em tudo na vida, exageros nunca são bons!

sábado, 26 de junho de 2010

O fim da questão!

Eu? Vamos por um fim nisso... Eu gosto de cozinhar, e faço isso muito bem (modéstia a parte). Eu lavo, passo, limpo, pinto, bordo e costuro. Não canto, não toco nenhum instrumento, não tenho senso musical. Mas gosto de música (quem não gosta?). Adoro cinema, ver filmes em casa, teatro, ópera e musicais. Sim, eu gosto de musicais. Gosto de viajar. Prefiro a natureza aos arranhacéus. Gosto de dirigir de madrugada ouvindo rádio. Adoro o mar, mas nem tanto a areia da praia. Amo o vento e o cheiro da chuva (embora digam que são bactérias e blá blá blá...). Gosto de jogos de cartas, tabuleiro e de computador. Minha cor preferida é verde. Sou organizada, metódica, mas não neurótica. Sou tímida. Gosto de espontâneidade. E ela acaba por aqui...

É difícil falar de si mesma, e quanto mais falo mais perdida em sinto... Quer me conhecer? Arrisque-se! Demonstre interesse! Ou não... Deixe pra lá... Quem sabe num dia mais oportuno. Ainda pode dar tempo, ou não. Será? Eu sou paciente, mas paciência tem limite.

Por que é mais fácil...
...dar conselhos aos outros do que a si mesmo?
...falar dos problemas dos outros do que dos seus próprios?
...enxergar com clareza os erros dos outros do que os seus próprios?

Não falarei mais nada... Eu sou uma ótima ouvinte. Sei dar conselhos. Mas ultimamente pensar em mim ou nos meus problemas me deixa confusa, ou num estado fleumático. Como disse Liev Tolstói: "Em minha busca por respostas para a pergunta da vida, senti-me exatamente como um homem perdido em uma floresta."

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Timing

Love is all a matter of timing.
(Frase do filme 2046.)

Eu já me convenci de que o amor é uma questão de momento, e que ele só se manifesta em condições muito especiais. É como se amor só pudesse existir mediante uma conjunção de fatores bem específicos. A pessoa certa, o momento certo, a intenção certa, etc.. Eu também acredito que podemos conhecer a pessoa certa no momento errado... Sendo assim eu me pergunto:

Será que ainda podemos ter outra chance de ter o momento certo com aquela pessoa?

Será que o momento certo existe independentemente da pessoa certa?

Admitindo a independência, será que o momento certo pode fazer uma pessoa ser "a certa"?

Admitindo a dependência, quais são as chances disso acontecer?

Divagações de uma noite insone...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Como? Não sei como... eu só sei.

Ainda tentando responder a famigerada pergunta "Quem é você?", hoje vou falar sobre o feeling. Bem, essa palavra inglesa já está entranhada no nosso vocabulário. Isso porque na língua portuguesa não existe uma palavra que denote toda a intensidade do feeling, assim como no francês não existe uma palavra para a Saudade, que é pobremente representada pelo verbo manquer que significa faltar. Logo, para dizer que você está com saudade de alguém você diz "Tu me manque" (literalmente a tradução seria "Você me falta"). Enfim, voltando ao feeling. O que é isso?

O feeling é a capacidade de sentir uma situação. Ele pode ser compreendido como uma percepção mais aguçada, ou uma sensibilidade. Há quem diga que ele também é um pressentimento, um presságio ou uma suspeita. Na música, por exemplo, o feeling é a capacidade de expressar musicalmente sentimentos, emoções etc., como se faz no blues. O feeling é tudo isso, e eu acho que mais um pouco.

O que isso tem a ver com a pergunta? Então, tem tudo a ver. Todos temos feelings de vez em quando, mas eu os tenho constantemente. Quase sempre... Sempre... Talvez por isso eu acabe por ignorá-los muitas vezes, porque acho apavorante "saber". Esse lance de "saber" se algo será bom ou ruim, ou se vai acontecer algo com você, ou até mesmo intuir alguma ação que você ou outra pessoa fará etc., tudo isso me deixa arrepiada. Obviamente, isso só me apavora quando o feeling é ruim, ou contraditório a alguma coisa que eu deseje. Quando é bom, é bom!

Nesse fim de semana eu tive um feeling que me dizia que eu não devia me preocupar como nada, e que tudo daria certo no final. Eu tinha trocentas coisas para estudar, listas de exercício pra fazer e pensar nos preparativos pra viagem. Como ainda não estou 100% por causa da gripe/ressaca moral do meu aniversário, eu comecei a me apavorar. Junto com tudo isso veio a insônia, a tpm e a enxaqueca... ui delícia! No entanto, lá estava o feeling. Tê-lo é uma coisa, acreditar nele é outra. Mas eu acreditei. Eu estudei, óbvio! Fiquei horas com o bumbum na cadeira, mas quando sentia que devia parar eu simplesmente parava. Mesmo assim eu ficava com aquela sensação de que não ia dar conta, me sentia quase como jogando roleta russa. E era nesse ponto que eu queria chegar.

Eu sou o tipo de pessoa que apesar de todos os feelings ainda tenta fazer o oposto. Eu costumo me estressar desnecessariamente. Eu me consumo por não confiar mais no meu taco, por assim dizer. Mas olha que maravilha! Eu também sei confiar em mim mesma! Esse final de semana deu certo, podia não ter dado, mas e daí? Eu ainda tenho muitas coisas para fazer, mas as metas para a segunda foram quase cumpridas. E isso em lembra que eu preciso dormir. Hoje já é segunda! Mas eu tenho um bom feeling... E você?

domingo, 20 de junho de 2010

Eu? Putz... Sei lá?

Quem é você? Ô perguntinha chata! Podem existir pessoas que não se incomodem com ela, mas ela me incomoda, e me incomoda muito... não que eu pense nisso sempre... mas quando penso sempre sinto aquele desconforto. Quem sou eu? Quem é essa criatura confusa e perturbada que se incomoda com essa pergunta com três palavrinhas tão singelas?

Tentarei respondê-la, mas sem expectativas ou reflexões filosóficas profundas. Só um fluxo de consciência sobre aquilo que penso, gosto, sinto e o que mais for possível ser dito. Antes disso, deixem-me explicar o motivo (que é um tanto filosófico). Vou perder um tempo, ou não, pensando nisso porque acredito que a Renata cidadã do mundo é bem diferente desse ser animado que lhes escreve agora (esse tal de autoconhecimento pode me enlouquecer, mas se não me enlouquecer quem sabe me transforme em alguém "melhor").

Então, eu gosto de ficar sozinha. Eu também gosto de ter companhia, mas sempre acabo sentindo vontade de ficar só em algum momento. Não é bem uma vontade, eu sinto mais uma necessidade. Chega ao ponto de eu me sentir mal e querer ir embora, ou me trancar no quarto, porque está na hora de não falar mais nada, não parecer mais nada, não pensar em mais nada... simplesmente chegou a hora de falar com as paredes, ou ficar calada, ficar inerte, ficar largada no sofá contemplando o teto ou a tv. Egoísmo? Individualismo? Misantropia? Nomeie como quiser. Eu só gosto de curtir um tempo comigo mesma. Eu me acho bacana, mesmo achando que não me conheço tão bem...

Eu gosto de gatos. Eu tenho uma gata. O nome ela é Naomi. Ela é preta. Vovô viu a uva da vovó... hahaha... Então, eu sou uma pessoa felina. Isso combina com o lance de eu gostar de ficar sozinha. Como a Naomi eu gosto de ficar no meu canto, e as vezes arranho quem tentar me tirar da minha paz. Arranho, mordo, rosno... eu machuco... sem querer (ou não). Eu as vezes, beeeem as vezes, digo coisas sem pensar. Pior, eu escrevo coisas sem pensar. Dica: nunca escreva e-mails de desabafo quando estiver casada ou estressada, pois você pode se arrepender pelo resto da sua vida, ou por uma fração dela. Escreva num papel, depois leia e queime. O pior que pode acontecer é você queimar o dedo ou a casa, mas assim você não magoa as pessoas de quem você gosta.

Então, isso já está ficando longo demais... Sinto que não disse nada, mas também muita coisa. Está tarde e eu realmente tenho toneladas de coisa pra fazer ainda hoje. Esse lance de autoconhecimento cansa, mas eu me sinto bem... que ironia...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sometimes, 'not as bad' is good enough.

Como meus amigos do Sindicato costumam dizer "Nada é tão ruim que não possa ser piorado." Alguns podem dizer que isso é muito pessimista, mas eu acho que não. Eu acredito que se conseguirmos encarar a pior das situações, então qualquer coisa depois disso será trés facile. Nos últimos 6 meses quando alguém me perguntava "Tudo bem?" eu não sabia o que responder. No início eu travava e não conseguia dizer nada, mas hoje eu digo sem pensar "Estou bem!". O que mais eu poderia dizer? Mas eu estou bem agora. Uns dia é mais fácil dizer que tudo está bem... em outros dias nem tanto... mas o segredo é: carpe diem!

Recentemente eu desisti de tentar ser produtiva. Estou cansada de ser produtiva. Eu não quero pensar seriamente em carreira, família, relacionamentos, etc... Eu não quero pensar em nada. Eu só quero acordar, tomar minha xícara de café e fazer do meu dia um "bom" dia. Eu já fico feliz com um dia "não tão ruim". Vou levar um dia de cada vez, ter pequenos prazeres, tentar não me estressar com coisas fora de meu alcance e esperar que coisas boas aconteçam...

A seguir um vídeo da Madeleine Peyroux cantando Instead... só para ilustrar o momento...


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Séries e bobagens

Para as pessoas que me conhecem, a minha compulsão por assistir filmes não é novidade. Eu adoro filmes! E ultimamente eu adoro ainda mais as séries de Tv. Eu tenho acompanhado The Big Bang Theory, Fringe, United States Of Tara, House, Nurse Jackie e True Blood. Existem mais algumas séries ocasionais, mas no momento vamos falar somente destas. Os finais de temporada já passaram, mas como eu tenho quase todos os episódios guardados, eu os revejo depois de um tempo. Em resumo, este fim de temporada nunca foi tão "sentimental". Talvez seja por conta da primavera nos EUA... Eu não sei. Mas o açúcar escorreu pela tela em diversos momentos...

Vejamos, em The Big Bang Theory tivemos a cena épica em que Sheldon conhece Amy Farrah Fowler. A mulher cientificamente escolhida para ele por um site de encontros. Será que Sheldon encontrou sua cara metade? Impossível saber. Mas que rolou uma química... rolou...

Em United States Of Tara tivemos a oportunidade de saborear todos os dramas e bizarrices que tornam esta série a revelação de 2010. Para quem a acompanhou, ficou evidente que a tensão entre Max e Tara estava chegando ao limite. Mas... love is in the air... tudo terminou bem... bem... no nível de normalidade que a série permite. Ou seja, nível -2! No entanto, fomos brindados com um diálogo fantástico! (que na minha opinião doi lindoooooo!!!!)
Max: If you're Tara, then I'm Max. If you're Buck, I'll be your bike. If you're Gimme, then I'm Gotcha. If you're Alice, then I'll be your astronaut. And if you're Chicken, I'll carry you to the car even when you're pretending to be asleep.
Tara: "When did you become so perfect?"
Max: Since Shoshana put me on a low dose of prozac.
Em House... sem comentários... Veja a cena você mesmo!



Em Fringe tivemos a cena mais esperada e também a "mais inesperada" ever. Achei linda, mas completamente surreal.

Ok! Qual é o lance? Por que tanto amor? L'amour! L'amour! L'amour! Como querem que não pensemos nisso? Tudo o que vemos e lemos diz AMOR!!!! Ahhh, quase ia me esquecendo. Na série True Blood o pedido de casamento de Bill!!! Entendem o que eu quero dizer?!?!

Até em Nurse Jackie temos um romance. Mas pelo menos não envolve a atriz principal. Isso deixa uma sensação de que nem tudo está perdido. Na verdade, tudo está perdido para Jackie. Neste final de temporada sua vida foi por água a baixo. Ela perde a confiança do marido e da melhor amiga, todos descobrem sobre o seu vício e a situação das suas filhas está cada vez pior. Resumindo, foi caótico. E em meio a tudo isso Jackie tem a possibilidade de escolher entre o que é certo e o que é errado. Mas, ela resume bem a sua escolha com uma frase. E nesse momento farei minhas as palavras de Jackie: Blow me!

C’est quoi ce bordel avec l’amour là ?!?!


Bem, eu estou entrando no clima para a viagem a Paris. Por isso estou ouvindo músicas e vendo filmes em francês. Eu não percebi como esse vídeo apareceu para mim, mas ele é divertidíssimo!



À quoi ça sert l'amour? (Pra que serve o amor?)

À quoi ça sert l'amour? (Pra que serve o amor?)
On raconte toujours (A gente conta todos os dias)
Des histoires insensées. (Estórias insanas)
À quoi ça sert d'aimer? (Qual é o ponto de amar?)

L'amour ne s'explique pas! (O amor não se explica!)
C'est une chose comme ça, (É uma coisa assim,)
Qui vient on ne sait d'où (Que vem não se sabe de onde)
Et vous prend tout à coup. (E te pega de uma vez.)

Moi, j'ai entendu dire (Eu, eu escutei dizer)
Que l'amour fait souffrir, (Que o amor faz sofrer,)
Que l'amour fait pleurer. (Que o amor faz chorar.)
À quoi ça sert d'aimer? (Qual é o ponto de amar?)

L'amour ça sert à quoi ? (O amor, serve pra que?)
A nous donner d' la joie (Para nos dar alegria)
Avec des larmes aux yeux... (com lágrimas nos olhos...)
C'est triste et merveilleux! (É triste e maravilhoso!)

Pourtant on dit souvent (No entanto, dizem sempre)
Que l'amour est décevant, (Que o amor decepciona)
Qu'il y en a un sur deux (Que há um dos dois)
Qui n'est jamais heureux... (Que nunca está contente...)

Même quand on l'a perdu, (Mesmo quando o perdemos)
L'amour qu'on a connu (O amor que conhecemos)
Vous laisse un goùt de miel. (Nos deixa um gosto de mel.)
L'amour c'est éternel! (O amor é eterno!)

Tout ça, c'est très jolie, (Tudo isso é muito lindo)
Mais quand tout est fini, (Mas quando acaba)
Il ne vous reste rien (Não lhe resta nada)
Qu'un immense chagrin... (Além de uma enorme dor...)

Tout ce qui maintenant (Tudo agora)
Te semble déchirant, (Que lhe parece "rasgável")
Demain, sera pour toi (Amanhã será para você)
Un souvenir de joie ! (Uma lembrança de alegria!)

En somme, si j'ai compris, (Em resumo, eu entendi,)
Sans amour dans la vie, (Que sem amor na vida,)
Sans ses joies, ses chagrins, (Sem essas alegrias, essas dores,)
On a vécu pour rien? (Nós vivemos para nada?)

Mais oui ! Regarde-moi! (Mas sim! Me escute!)
A chaque fois j'y crois (Cada vez mais eu acredito)
Et j'y croirai toujours... (E sempre acreditarei...)
Ça sert à ça, l'amour! (Que é pra isso que serve o amor!)
Mais toi, t'es le dernier, (Mas você, você é o último,)
Mais toi, t'es le premier! (Mas você, você é o primeiro!)
Avant toi, 'y avait rien, (Antes de você não havia nada,)
Avec toi je suis bien! (Com você eu estou bem!)
C'est toi que je voulais, (É você que eu queria,)
C'est toi qu'il me fallait! (Era de você que eu precisava!)
Toi qui j'aimerai toujours... (Te amarei para sempre...)
Ça sert à ça, l'amour! (E para isso que serve o amor!)

domingo, 13 de junho de 2010

Ensaio sobre a felicidade III

Enfim, este é o ensaio final. Não será o último ensaio sobre a felicidade, obviamente... mas é o fim da lamentação. Há algo que eu tenho que admitir, eu esqueço as minhas dores facilmente. Isso não quer dizer que eu as supero, mas sim que eu consigo fazê-las dormir por mais algum tempo... Há quem diga que isso não é bom, porque quando acordarem elas estarão maiores e mais famintas. Mas existem dores para serem esquecidas, e dores para serem amadas.

Engraçado como coisas simples podem te fazer feliz. Como essas coisas simples te ajudam a preencher um vazio causado pela dor. No instante em que o meu avião deixou Florianópolis nesta última sexta, eu senti o peito doer como se estivessem rasgando algo dentro de mim. As lágrimas começaram a cair... Eu me senti vazia... Meia hora depois eu estava feliz! Tente me imaginar com o rosto grudado na janela do avião com as mãos em conchinha para evitar a claridade. Lá nas alturas as nuvens cobriam o chão e o céu estava cravejado de estrelas. Tantas estrelas! Como eu nunca havia visto! Eu não as conheço pelo nome... não entendo do céu... mas fiquei 40 minutos as olhando. E pela primeira vez o Rio de Janeiro pareceu o melhor lugar do mundo! E eu senti que voltava pra casa...

Deixei um pedaço de mim em Florianópolis. Ele se separou de mim no instante que o avião deixou o solo. Acho que é impossível abandonar certos sentimentos... certas dores... por isso eu os deixo adormecer. Adormecidos, mas não ausentes. Como sempre confusa. Me sinto desiludida. Amada. Triste. Feliz!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Maybe

"Quem sabe... e essa é a opinião de alguém que não te conhece muito bem, e que não faz idéia do que te aconteceu... Mas... Quem sabe, sejam as pessoas ao teu redor que tenham que fazer um esforço maior pra te conhecer melhor. Ou você pouco se importou em se fazer conhecer, ou as pessoas não se importaram em te conhecer. Ou um pouco de cada coisa... Não me leve a mal... Mas eu acho um pouco de exagero você ser a ÚNICA responsável por ninguém te conhecer de verdade. Essa é a opinião de alguém que te conhece faz pouco tempo... Eu não sei muita coisa a seu respeito. Eu conheço um lado muito interessante da Renata, mas eu acredito que ele seja só a ponta do iceberg... Depende do interesse de cada um descobrir a proporção daquilo que está escondido. Pense nisso."

Definitivamente, é tudo uma questão de ótica. E nada como um olhar novo para colocar mais um incógnita nessa equação. Obrigada! Isso não "ajuda", mas distrai....

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ensaio sobre a Felicidade II

Me colore que eu estou bege! Ou melhor, me colore que eu estou nude! Antes de mais nada eu quero pedir aos meus queridíssimos leitores que se disponham a não olhar com olhos preconceituosos o que irei lhes escrever a seguir... Após passar a famigerada segunda-feira (que eu verdadeiramente odeio!) com um humor bovino (Sim, eu fui vaca! Fiquei com olhar blasé, mugi alto com algumas pessoas e deixei muita merda por onde passei... Pai, afasta de mim esses cascos!), enfim acordei na terça-feira com traços mais humanos... No entanto, um dia bovino também pode ser uma coisa boa... Afinal de contas, uma das principais atividades de uma vaca é ficar ruminando. E eu ruminei muito! Agora, vamos aos fatos... eu acordei mais humana, apesar da barulheira da construção no prédio do lado, que me tirou da cama as 7:40. Observe, eu acordei cedo e em condições que poderiam me bovinificar facilmente, mas isso não aconteceu... Levantei-me e caminhei languidamente até a cozinha (Somente após arrumar a cama. Sim, eu sou uma pessoa que arruma a cama! Cada um com seus problemas...). Após um "Bom dia!" e uma xicara de café rodopiando no microondas, eu ouço um som que me faz lembrar de unhas arranhando uma lousa. O que era? A risada de Ana Maria Braga na tv. Mamãe assiste e gosta, eu não gosto, mas como aqui estou... o que fazer? Tudo em nome de uma convivência familiar pacífica. Ok. Eu bestei por uns 5 minutos na frente da tv. Me surpreendi ouvindo (com interesse) a tal "Mensagem do dia", cujo título era Ser feliz é correr riscos (a título de curiosidade mórbida coloquei o link). Filtrando os clichês (que as vezes funcionam bem) e uma eventual cafonice, eu creio que o extrato da mensagem se aplica ao momento. Ok! É óbvio! Eu fui cega por muito tempo... e o que mais me chamou atenção foi a frase de Lao Tzé e a frase "A felicidade é proporcional ao risco que se corre. Quem se proteje contra o sofrimento, proteje-se contra a felicidade." Eu não enlouqueci, ou fiquei mais triste do que já estou... Eu fiquei pensando... Mais tarde outra frase pulou no meu colo. Uma frase num cartaz de um dos milhares de filmes que ainda quero assistir "Tant qu'on n'a pas choisi, tout reste possible" (Até que façamos a escolha, tudo é possível). A frase ainda é paradoxal para mim. Mas eu acredito (chega de achismos!) que ter todas as possibilidades não me levará a lugar algum. Eu escolho sofrer! Eu escolho correr riscos! Quero cair, ralar o joelho, levantar e continuar andando! Quero correr com tesouras nas mãos! Quero andar de bicicleta com os olhos fechados só pelo prazer de sentir o vento no rosto! Brincadeiras a parte... eu cansei de viver na minha bolha. Admito que ainda estou perdida. Mas vou continuar seguindo... baby steps...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ensaio sobre a Felicidade I

Se eu já fui feliz? Sim, eu fui feliz! Ou melhor, Eu me fiz feliz! Eu percebi que mesmo quando pensava que os outros me faziam feliz, na verdade era eu que me fazia feliz. Eu acho (e preparem-se para muitos "achismos"), que por medo nunca deixei as pessoas me fazerem feliz. Eu acho que me fazia feliz com os outros e isso bastava por um tempo. Será que isso realmente foi felicidade? O que é essa tal de felicidade? Se eu pudesse me fazer feliz sozinha eu acho que não me sentiria tão vazia agora... Portanto, eu acho que não foi felicidade. Ao menos não plena. A questão, eu acho, está na forma como podemos ser felizes. "Ficar com alguem que te faça feliz!" Eu sei ser feliz sozinha, mas ainda falta completar um pedaço... Tenho 28 anos e sinto que perdi muito tempo, eu quero pensar que não foi tempo perdido, mas acho que foi. O que fazer? Desistir? Me matar? Eu acho que não. Eu não fui perfeita, nunca serei e acho que isso é impossível de se alcançar. Eu errei. E isso é uma certeza. Uma outra certeza é que eu sei fazer as pessoas felizes. Eu já ouvi infinitas vezes "Você me fez muito feliz!" E essas cinco palavras não foram pronunciadas levianamente... essa é outra certeza. Então, se eu sei fazer alguém feliz, eu acho posso reconhecer quando alguém me fizer feliz. E se a pessoa não o fizer... ponto final. A vida continua... Mas eu acho que isso é uma coisa que eu tenho que aprender... compreender que a pessoa não me faz feliz e deixa-la ir embora. Sim, eu preciso deixá-la ir embora.