terça-feira, 22 de novembro de 2011

Poesia passageira - No.13

TRANSPARENTE

O que mais dói não é sentir
o que dói é ter que desistir de existir.
Eu não quero ser a chaga, a ferida,
a cicatriz que você não quer olhar.
Também não quero ser o fantasma
do qual de medo foge o teu olhar
ou pior, que desvia de indiferença
a minha insignificante transparência.
Um dia eu fui, mas agora não mais
você me disse e eu nunca esqueço:
Um dia sim, mas não mais.
Eu sinto e sofro, eu existo e sofro
eu sofro por desistir de ti, de mim...
Tantas foram as palavras ditas com pesar
que o meu coração está cansado de tentar.
Por tanto, por tão pouco, ou nada, desisto!
Só me resta viver na periferia do mundo
serei um alguém de um passado distante
só alguém que você costumava conhecer.
Afinal, é assim que tudo termina, não é?

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