Parece que a saudade é uma extensão da nostalgia. No entanto a
nostalgia possui um quê a mais do que a saudade. O que eu sinto é uma
(com)fusão entre as duas. Lembro dos dias em que o tempo nas madrugadas
era contado em copos de bebida e pontas de cigarro. Sinto falta de uma
voz, nem sempre constante, mas que provocava sentimentos que jamais irei
compreender. Tudo se resume a uma falta, um vazio que não pode ser mais
preenchido. Hoje procuro uma nova maneira de contar o tempo nas
intermináveis madrugadas. Poderia tomar o que foi prescrito e cair no
esquecimento, parar de contar o tempo, qualquer tempo. Mas é impossível
fugir do tempo, ou da saudade, ou da nostalgia. Não importa quantas
soluções artificiais forem tomadas. Deito na cama e espero que a
escuridão se dilua até a manhã, quando perece mais fácil viver, mesmo
que seja uma vida distorcida.
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