"Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.”
A paixão segundo G.H.
Clarice Lispector
Eu não sou
apenas me sinto
pequena e só
num vasto mundo
onde ser
é a pura essência
de qualquer
humana existência.
Eu quero tanto
e tão pouco
de algo que não sei
ao certo como
querer
pois não sei
ainda
sequer o que é.
Eu vejo um rosto
que não é
pois não existe
senão
nos sonhos
meus sonhos
apenas.
Eu vivo livre
em versos
metrificados
de uma liberdade
poética
que é rude
mas é leve.
Eu me chamo
Enigma
sempre
indecifrável
mas se preferir
chame-me
de Pergunta
sempre
sem resposta.
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