me bato e ouço
o som do vazio
suave
nocivo
sinto-o ecoar
dentro de mim
como passos
numa catedral
me bato e sinto
o som
ir e vir
me percorrer
corpo infame
soar na alma vã
retumbar
na mente insana
escuridão
velam-se
os meus olhos
meus pensamentos
minha razão
me debato e sinto
a frieza
o peso do estupor
crucifica-me
minha imperfeição
sou malfeita
vivo sob a pena
do azar
do som vazio
que há em mim.
3 comentários:
Dissonante...Adorei! =)
Foi tu que escreveu?
Oi, Paula! Fico feliz que tenha gostado. E sim, eu escrevi o poema Dissonante. Quando a autoria dos poemas é minha eu não os assino porque o blog já é a minha assinatura.
Texto e música lindos! Parabéns! Me identifiquei bastante com os dois!
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