terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Descobri-me Feliz!

"Você não deve ser assim tão sentimental!"


Porque não? Eu não sou a única pessoa sentimental no mundo!

Conheça Constantin Pilavios, um grego que é produtor, diretor e roteirista de curtas e propagadas. O moço conquista  pela sensibilidade que é capaz de aquecer até os corações mais frios. Sim, eu vi isso acontecer... A seguir um vídeo dele sobre pequenos prazeres que todos nós deveríamos cultivar. Esses dias percebi o quão feliz eu sou por identificar na minha vida tantos pequenos prazeres... E então, quantos desses você cultiva? (Obviamente, o idioma falado é grego e as legendas em inglês, por isso traduzi o texto e coloquei depois do vídeo.)


Era uma vez um menino que num país muito distante. Esse menino era muito diferente de todos os outros, o seu nome era Eftichis. Tudo correu bem em sua vida até que um dia há muitos anos, um incidente o fez ver a vida com uma perspectiva diferente. E então, um grande segredo lhe foi revelado. A solução para um enigma que os humanos têm tentado resolver por séculos. Ele descobriu o sentido da vida. Ele agora sabe que a felicidade não é nada mais do que momentos, momentos pequenos e invisíveis. Como quando alguém o cobre à noite. Sonhar. Acordar com o canto de um pardal, numa cama com lençóis limpos e cheirosos ao lado de alguém que você ama. Tocar essa pessoa e sentir o seu cheiro. Sentir a água quente caindo em seu rosto. Sua casa cheirando a bolo recém-assado. Segurar uma xícara quente quando está frio lá fora. Cortar um limão de sua árvore. Sentir a brisa fresca de inverno roçando em seu rosto. Sentir-se leve e esvaziar seus pensamentos em total tranquilidade, sob a água. Continuar fazendo coisas que você fazia quando era jovem. Quando as pessoas estão correndo embaixo dos seus guarda-chuvas, ficar em pé sob a chuva. Andar descalço sobre a grama molhada. Levar um balão pra passear. Acreditar em coisas que não podem ser explicadas, que uma joaninha é um bom sinal. Não ter medo. Fazer coisas que não condizem com a sua idade. Escutar o som do mar numa conha. Sentir a terra sobre os seus pés. Pensar em nada. Ouvir alguém sussurrar um segredo no seu ouvido. Assistir ao pôr-do sol mesmo quando os outros sabem que você não consegue vê-lo.

O moço também produziu esse aqui especialmente para essa época do Natal. O que eu mais gostei nesse vídeo foi o clima de solidão, as luzinhas de natal e essa paz inexistente no mundo consumista de hoje. Imagine-se caminhando sozinho pelas ruas na madrugada do dia 26 de dezembro...