sábado, 27 de março de 2010

De pernas para o ar...

A cidade é quase artificial. Tudo é demasiadamente colorido. O céu é mais azul em contrate com as núvens cinzas. O mar espelha o verde das montanhas. O sol tinge o mar de dourado no fim do dia. O vento carrega os aromas de maresia e folhas frescas. Cada inspiração engole partículas de ar que sabem a orvalho. Aqui eu suprimo o desassossego que esmaga o meu peito. Eu brinco de esquecer o ontem e o amanhã. Aqui eu me despeço da tristeza. Mas no fim, sou eu que sempre dou Adeus.

domingo, 21 de março de 2010

Escolhas

Fazer uma escolha,
Certa ou Errada?
Apenas uma escolha,
Sim ou Não?
Mas, escolha!

Escolher certo,
Escolher errado.
Basta escolher,
Sim ou Não.
Sempre incerto!

Bom ou ruim,
O que importa?
Escolhas boas,
Escolhas tortas.
Mas, escolha!

Feita a escolha,
Nada mais importa.
Se é boa ou ruim,
Apenas queira
O melhor de mim.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Estado vegetativo



























Muitas vezes me sinto como a Madame Schroedinger's Cat.
Fico querendo saber o que as pessoas podem, ou não, estar pensando.
Fico ansiando saber o que elas podem, ou não, estar sentindo.
Fico esperando saber o que elas podem, ou não, estar querendo.
E assim eu permaneço.... Apenas contemplando a caixa.

Eu me pergunto: O que há dentro da caixa?
Mas será que alguém se pergunta: Será que ela está lá fora?
Eu sei que só saberei o que há lá se abrir a caixa, mas ao abrí-la não há mais como retornar...
E assim eu permaneço... Apenas temendo abrir a caixa.

Enquanto temo, todas possibilidades ainda estão lá.
Enquanto isso permaneço num estado vegetativo.
Será que as possibilidades existem?
Estarei eu viva ou morta?





segunda-feira, 8 de março de 2010

A Sede

Mato a tua sede
Com minha sede
De outras bocas
Em minha boca

O Mar desvanece
A sede cresce
O Sol me ilumina
A sede fulmina

Sindo a tua sede
Como minha sede
De outras bocas
Em minha boca

No verde mar
A sede cresce
No sol vulgar
A sede refece

Omito a tua sede
Com minha sede
De outras bocas
Em minha boca

Nas ondas do Mar
A sede efervesce
Na quimera do sol
A sede entristesse

Em minha boca
De outras bocas
Com minha sede
Mato a tua sede