terça-feira, 12 de abril de 2011

Um momento com Godard

Um dos meus filmes preferidos do Gordard é Band à Part (1964). Alguns não compreendem Godard, dizem que seus filmes são complicados e completamente sem pé nem cabeça. Eu confesso, nem eu compreendo Godard, principalmente a última fase dele, essa mais política, mas Band à Parte pertence a Nouvelle Vague, e dentre muitos filmes de diversos outros diretores que também participaram desse movimento, esse é um dos meus Top 5.

Todo mundo pelo menos uma vez na vida deveria assistir grandes filmes como À bout de souffle (1960) de Godard, Jules et Jim (1962) de François Truffaut, Les Amants (1958) e Le feu follet (1963) de Louis Malle, embora Malle seja considerado um rejeitado pela Nouvelle Vague por possuir um estilo diferente. Enfim, mesmo assim, foram filmes que revolucionaram uma época pela ousadia com que foram concebidos, pela abordagem de temas polêmicos e principalmente porque desnudaram a hipocrisia humana (minha humilde e pouco experiente opinião pessoal sobre cinema).

Hoje revendo Band à Part eu percebi o porquê do meu carinho por esse filme. Talvez mais um dos traços da minha identidade peculiarmente perturbada. Aliás, me desculpem pela aleatoriedade do blog, ele apenas reflete a minha persona e ultimamente estou sendo aconselhada a expor o que penso, sinto e sou de forma mais aberta. Então, na seguinte cena do filme eu percebi que eu sou cada um daqueles personagens, eu sou Odile, as vezes sou Franz e também Arthur. Eu entendo os dramas dos personagens porque consigo me colocar no lugar de cada um deles, consigo me ver sob suas peles. E além disso, essa cena é genial!

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