segunda-feira, 25 de abril de 2011

Viagem no tempo

Um cheiro. Passei por uma calçada e um cheiro me atingiu em cheio. Considerando que estou no Rio de Janeiro isso poderia ter sido algo terrível, mas não foi. Foi um perfume, o perfume de um flor tímida num arbusto raquítico no meio de uma calçada. Um pequeno jardim artificial em meio a bagunça urbana. Jasmim ou Camélia? Eu não sei. Prefiro camélia, a Dama das Camélias, quanto sofrimento... E lá estava ela, pequenina, ainda desabrochando. Parei, fiquei na ponta dos pés e inspirei o ar que a cercava, aroma divino. Lembrei de tantas outras camélias que cheirei, de todos os momentos e de todas as pessoas. As lágrimas chegaram e segui o meu caminho. Já sinto saudades dela, da camélia. E do perfume que me faz viajar no tempo.


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