quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Uma poepifania numa quinta dos infernos!

Há tempos

Se eu fosse mais
transparente
um pouco menos
densa
em essência
talvez você me amasse
enfim
ou tivesse amado
um pouco mais
talvez.

Ainda tenho medo
de olhar
no fundo
dos teus olhos
tanto medo
ainda tenho
de te tocar
de te sentir
de te ouvir
de te ver partir
Só.

Há tempos
te amo
te temo
ainda
sem saber
como e porque
ainda quero
tanto
ser só eu e você.

O que você deseja
não sou
o que você imagina
pouco é
verdade
mentira
o que você amou
um dia
era o que você queria
podia
mas agora não mais.

Meu bem
o amor não morre
não é
abandonado
esquecido
derrotado
nós é que somos
foçados
pela exaustão de amar
a desejar
não mais amar.

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