terça-feira, 8 de junho de 2010

Ensaio sobre a Felicidade II

Me colore que eu estou bege! Ou melhor, me colore que eu estou nude! Antes de mais nada eu quero pedir aos meus queridíssimos leitores que se disponham a não olhar com olhos preconceituosos o que irei lhes escrever a seguir... Após passar a famigerada segunda-feira (que eu verdadeiramente odeio!) com um humor bovino (Sim, eu fui vaca! Fiquei com olhar blasé, mugi alto com algumas pessoas e deixei muita merda por onde passei... Pai, afasta de mim esses cascos!), enfim acordei na terça-feira com traços mais humanos... No entanto, um dia bovino também pode ser uma coisa boa... Afinal de contas, uma das principais atividades de uma vaca é ficar ruminando. E eu ruminei muito! Agora, vamos aos fatos... eu acordei mais humana, apesar da barulheira da construção no prédio do lado, que me tirou da cama as 7:40. Observe, eu acordei cedo e em condições que poderiam me bovinificar facilmente, mas isso não aconteceu... Levantei-me e caminhei languidamente até a cozinha (Somente após arrumar a cama. Sim, eu sou uma pessoa que arruma a cama! Cada um com seus problemas...). Após um "Bom dia!" e uma xicara de café rodopiando no microondas, eu ouço um som que me faz lembrar de unhas arranhando uma lousa. O que era? A risada de Ana Maria Braga na tv. Mamãe assiste e gosta, eu não gosto, mas como aqui estou... o que fazer? Tudo em nome de uma convivência familiar pacífica. Ok. Eu bestei por uns 5 minutos na frente da tv. Me surpreendi ouvindo (com interesse) a tal "Mensagem do dia", cujo título era Ser feliz é correr riscos (a título de curiosidade mórbida coloquei o link). Filtrando os clichês (que as vezes funcionam bem) e uma eventual cafonice, eu creio que o extrato da mensagem se aplica ao momento. Ok! É óbvio! Eu fui cega por muito tempo... e o que mais me chamou atenção foi a frase de Lao Tzé e a frase "A felicidade é proporcional ao risco que se corre. Quem se proteje contra o sofrimento, proteje-se contra a felicidade." Eu não enlouqueci, ou fiquei mais triste do que já estou... Eu fiquei pensando... Mais tarde outra frase pulou no meu colo. Uma frase num cartaz de um dos milhares de filmes que ainda quero assistir "Tant qu'on n'a pas choisi, tout reste possible" (Até que façamos a escolha, tudo é possível). A frase ainda é paradoxal para mim. Mas eu acredito (chega de achismos!) que ter todas as possibilidades não me levará a lugar algum. Eu escolho sofrer! Eu escolho correr riscos! Quero cair, ralar o joelho, levantar e continuar andando! Quero correr com tesouras nas mãos! Quero andar de bicicleta com os olhos fechados só pelo prazer de sentir o vento no rosto! Brincadeiras a parte... eu cansei de viver na minha bolha. Admito que ainda estou perdida. Mas vou continuar seguindo... baby steps...

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